Foi muito significativo fazer as fotos no velho engenho. Era domingo e eu estava só. Levei um tripé e fiz as fotos, sem pressa... penso que passei umas três horas naquele paraíso.Estava muito silencioso e a tranquilidade do vale naquele dia, parecia contribuir para que as imagens descritas por Madalena Antunes, na sua obra prima - "Oiteiro: Memórias de uma Sinhá-Moça!" fossem me absorvendo e tornando-se real.Ouvi o ranger dos ferros no movimento das rodas do velho engenho e podia sentir o cheiro do mel entre a fumaça dos tachos fumegantes!
Era como se estivesse no eito da cana escutando as estórias de Tonha e Patica.Fiquei ali, absorto, no meu mundo interior, como se o tempo não passasse...
O presente estava estampado em reminiscências românticas.Impressionei-me quando vi o ambiente triste e ao mesmo tempo fiel à realidade temporal, uma frondosa árvore nascida nos escombros, dominava tudo à sua volta, seus galhos cobriam as velhas paredes e cipós escorriam, como se quizessem me abraçar. Folhas faziam volumes no chão, parecendo leitos de amantes cativos...
Descobri que a velha ruína pedia socorro, pedia ajuda para livrá-la do esquecimento... e seus fantasmas estavam lá, acreditando no milagre do reconhecimento e do respeito à memória de nossa gente.
Era como se estivesse no eito da cana escutando as estórias de Tonha e Patica.Fiquei ali, absorto, no meu mundo interior, como se o tempo não passasse...
O presente estava estampado em reminiscências românticas.Impressionei-me quando vi o ambiente triste e ao mesmo tempo fiel à realidade temporal, uma frondosa árvore nascida nos escombros, dominava tudo à sua volta, seus galhos cobriam as velhas paredes e cipós escorriam, como se quizessem me abraçar. Folhas faziam volumes no chão, parecendo leitos de amantes cativos...
Descobri que a velha ruína pedia socorro, pedia ajuda para livrá-la do esquecimento... e seus fantasmas estavam lá, acreditando no milagre do reconhecimento e do respeito à memória de nossa gente.
Ceará-Mirim, 02 de março de 2010
Gibson Machado Alves
COPIADO DO:http://www.outraseoutras.blogspot.com/::
QUERIDO: NEM SEI MESMO O QUE VOU DIGITANDO. AS LÁGRIMAS CORREM DOS RIOS DE MIN´ALMA PARA O COMPUTADOR.
L.HELENA
quarta-feira, 3 de março de 2010
O QUE RESTA DO PARAÍSO DA SINHÁ-MOÇA DO ENGENHO OITEIRO, PELA LENTES E SENSIBILIDADE DE GIBSON MACHADO
"Ó VELHO OITIZEIRO, TEMPLO DE MINHAS PRIMEIRAS RECORDAÇÕES"...
TRECHO DO LIVRO OITEIRO (1958) PRIMEIRA EDIÇÃO.
NA FOTO ABAIXO, UMA MONTAGEM DE EDVALDO MORAIS, ONDE SE VÊ VOVÓ MADALENA E AS CAPAS DA 1ª E 2° EDIÇÕES DO SEU LIVRO: "OITEIRO: MEMÓRIAS DE UMA SINHÁ-MOÇA"
TRECHO DO LIVRO OITEIRO (1958) PRIMEIRA EDIÇÃO.




HAVEREMOS DE ESPERAR QUE OS MILAGRES ACONTEÇAM, AFINAL, O QUE SEREMOS SEM A FÉ EM DEUS? COM O AMOR DE VOVÓ MADALENA - (SUA LHENE)".


E O TEMPO ABRIU UMA GRANDE PORTA PARA QUE SE VEJA, A CÉU ABERTO, A TORRE NOBRE E ALTA DO VELHO OITEIRO.

"AS HORAS ERAM ENFEITADAS DE CORES E FORMAS. DA SALA GRANDE DO OITEIRO EU AVISTAVA O QUERIDO ENGENHO DO MEU PAI. SENTIA O CHEIRO DA CANA AO BALOIÇO DO VENTO - UMA POESIA QUE NÃO SE APAGARÁ". MADALENA ANTUNES.
