domingo, 17 de julho de 2011

A ACLA TEM UMA NOVA VISÃO DA ATIVIDADE CULTURAL

Capa do livro Ceará-Mirim memória iconográfica - Gibson Machado - 2008

A ACLA TEM UMA NOVA VISÃO DA ATIVIDADE CULTURAL

Todos já conhecem os múltiplos aspectos da cultura. Mas poucos tiveram a oportunidade de apreciá-la como parceira da educação, sob novo enfoque que não apenas uma extensão incidental inevitável.
A Academia Cearamirinense de Letras e Artes (ACLA), que será instalada oficialmente, com a posse dos sócios fundadores e da diretoria inaugural no próximo dia 10 de agosto, por deliberação dos seus integrantes, decidiu que os seus programas irão privilegiar o enlace com a educação formal.
No caso específico de CM, a cidade possui o maior acervo cultural do estado. É a mais representativa de uma fase histórica e econômica conhecida como o "ciclo da cana de açúcar" que teve o seu fausto no século XIX e os seus poetas e sobretudo os seus prosadores alcançaram tal notoriedade, que ultrapassaram os limites do RN.
Cito como exemplos, Rodolfo Garcia, membro da Academia Brasileira de Letras e patrono de sua biblioteca que conserva o seu nome; Jaime Adour da Câmara, cronista e jornalista de renome nacional, que se notabilizou com o primeiro livro de impressões de viagem que alcançou sucesso nacional: "Oropa, França e Bahia"; José Emidio Galhardo, o pai da Homeopatia no Brasil; Cônego Jorge O´Grady de Paiva, um dos maiores astrônomos do país; o grande jurista e homem público Meira e Sá, que apesar de ter nascido na Paraíba, foi na sua vivência cearamirinense ao longo de mais de vinte anos que forjou as suas idéias e se consolidou como dos maiores homens públicos do país.
No âmbito do nordeste, Maria Madalena Antunes Pereira foi acolhida como a mais expressiva memorialista; Nilo Pereira e Edgar Barbosa como dois estilistas inexcedíveis e Juvenal Antunes como poeta de estilo originalissimo.
Contemporaneamente, Sanderson Negreiros e Bartolomeu Correia de Melo podem ser considerados os maiores expoentes da chamada "Escola de Ceará-Mirim".
Na politica e na economia o município destacou-se também pela expressividade e influência dos seus líderes. Assim como o conjunto arquitetônico representado por seus casarões urbanos e rurais.
O cearamirinense acolhe com muito carinho a sua tradição e a preservação da sua autoestima, em meio à situação falimentar em que vive o município, tem muito a ver com essa tradição.
Por isso, decidimos estimular o entrelaçamento das atividades culturais com as escolas do município. Já está em andamento um dos nossos projetos, a que denominamos de "Memória dos Patronos", em que selecionamos as mais representativas figuras da política e da cultura local, para disseminá-las no âmbito do próprio local da homenagem. Por exemplo, a Rua Meira e Sá. Reuniremos os moradores, faremos a entrega do título de cidadão cearamirinense post-mortem aos familiares do homenageado e a aposição de uma placa com dizeres alusivos à personalidade pública do patrono. Em seguida, uma palestra sobre o "padrinho" da rua e a distribuição de folhetos com a sua biografia. Prossegue o projeto com a instituição de certames escolares sobre tais personalidades: concurso com premiação dos melhores trabalhos sobre os escolhidos, e outras atividades que mantenham acesa a memória então desperta dos homenageados.
Idêntico modelo será utilizado nos demais logradouros e escolas.
Por isso, vamos estabelecer um pacto com os educadores nesse sentido.
E não ficaríamos apenas na preservação da memória, na difusão dos exemplos modelares e do conhecimento produzido pelos homenageados. Mas criaríamos o hábito do CONSUMO CULTURAL. Estaríamos preparando o mercado de consumo das artes, da literatura e do espírito público, além de estimular a ética e o bom gosto popular.
É nosso compromisso fomentar as atividades culturais, sempre com repercussão na área educacional, senão nas escolas, que conserve sempre objetivos pedagógicos.

Domingo, 17 de julho, pelas seis e meia


Fonte: FaceBook de Pedro Simões: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000266882272

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