Igreja da cominidade de Capela
Dia 15 de novembro de 2010 fiz uma aula-passeio com alguns alunos do 1º ano III da Escola Estadual prof. Otto de Brito Guerra.
O objetivo da aula foi apresentar alguns patrimônios históricos e culturais de Ceará-Mirim, focando a importância de sua preservação para a memória do município e ao mesmo tempo, instigar os alunos à luta pela valorização desses patrimônios que se encontram em avançado estado de deterioração. O passeio também foi um incentivo à prática do ciclismo pelo nosso lindo vale do rio Ceará-Mirim.
A viagem transcorreu maravilhosamente bem. A paisagem ajudava a tornar o caminho e o cansaço amenos, principalmente, porque sabíamos que na primeira parada relaxaríamos na cristalina e mineral água do olheiro Diamante. Que maravilha!!!
Na fazendo Diamante (antigo engenho Diamante) os alunos foram informados da história do engenho e de seus antigos proprietários, principalmente, o Dr. José Augusto Meira, filho do Dr. Olinto Meira. Nasceu no engenho Diamante em 11/12/1873 e foi educado pelo pai que à época escreveu as cartilhas de gramática e aritmética para educar os filhos. Quando os filhos estavam preparados o velho Olinto os encaminhava para os exames em Natal. Graduou-se em Direito pela faculdade de Recife/PE e como premio, pelo bom desempenho no curso, ganhou uma viagem à Europa.
Dr. José Augusto MeiraO objetivo da aula foi apresentar alguns patrimônios históricos e culturais de Ceará-Mirim, focando a importância de sua preservação para a memória do município e ao mesmo tempo, instigar os alunos à luta pela valorização desses patrimônios que se encontram em avançado estado de deterioração. O passeio também foi um incentivo à prática do ciclismo pelo nosso lindo vale do rio Ceará-Mirim.
A viagem transcorreu maravilhosamente bem. A paisagem ajudava a tornar o caminho e o cansaço amenos, principalmente, porque sabíamos que na primeira parada relaxaríamos na cristalina e mineral água do olheiro Diamante. Que maravilha!!!
Na fazendo Diamante (antigo engenho Diamante) os alunos foram informados da história do engenho e de seus antigos proprietários, principalmente, o Dr. José Augusto Meira, filho do Dr. Olinto Meira. Nasceu no engenho Diamante em 11/12/1873 e foi educado pelo pai que à época escreveu as cartilhas de gramática e aritmética para educar os filhos. Quando os filhos estavam preparados o velho Olinto os encaminhava para os exames em Natal. Graduou-se em Direito pela faculdade de Recife/PE e como premio, pelo bom desempenho no curso, ganhou uma viagem à Europa.
Exerceu os cargos de Delegado de polícia (Rio de Janeiro) – promotor público (Santarém – Pará) professor de direito criminal (Belém – Pará). Advogado, deputado Estadual em seis legislaturas – diretor da faculdade de direito do Pará. Senador Federal da República e Deputado Federal, pelo Pará. Encerrou a carreira política em 1955, com 82 anos de idade. Foi ardoroso escritor, tendo combatido violentamente o presidente deposto João Goulart. Faleceu a 21 de março de 1964. Era poeta e publicou vários livros, sendo o mais importante Brasileis, poesia épica nacional.
Relógio de Sol
Olheiro cristalino e mineral do Diamante
Em 1973 o governo municipal na gestão de Ruy Pereira Junior homenageou Augusto Meira instalando um monumento na praça Barão de Ceará-Mirim (atualmente o monumento encontra-se na Esc, Municipal Dr. Augusto Meira). No mesmo dia, a família do homenageado instalou um relógio de sol no local onde ele nasceu no antigo engenho Diamante.
Em uma de minhas visitas ao local constatei que o relógio estava abandonado e encoberto pela vegetação. Preocupado, relatei a história do senador para um aluno meu que é morador da fazenda e sugeri que o mesmo fizesse uma limpeza na área porque aquele monumento era muito importante para a memória de nossa gente. Ele ficou impressionado com o que eu falei e fez toda a limpeza no local. Além disso, todas as pessoas que visitam fazenda têm por obrigação conhecer a história do famoso conterrâneo e de seu relógio esquecido.
Nossa próxima parada foi o Museu Nilo Pereira. Os alunos ficaram encantados com a beleza senhorial do velho solar. Questionaram o por quê de tanto abandono e desprezo pela memória da cidade. Fiquei sem saber responder aquelas indagações. Sabia que não adiantaria falar sobre a falta de interesse do poder público, o descaso, essas coisas, de qualquer forma, fiz um ligeiro resumo de como estava a situação do casarão do Guaporé, aproveitando para explicar quem foi Nilo Pereira, o maior guerreiro na batalha pela restauração daquele patrimônio arquitetônico.
Em uma de minhas visitas ao local constatei que o relógio estava abandonado e encoberto pela vegetação. Preocupado, relatei a história do senador para um aluno meu que é morador da fazenda e sugeri que o mesmo fizesse uma limpeza na área porque aquele monumento era muito importante para a memória de nossa gente. Ele ficou impressionado com o que eu falei e fez toda a limpeza no local. Além disso, todas as pessoas que visitam fazenda têm por obrigação conhecer a história do famoso conterrâneo e de seu relógio esquecido.
Nossa próxima parada foi o Museu Nilo Pereira. Os alunos ficaram encantados com a beleza senhorial do velho solar. Questionaram o por quê de tanto abandono e desprezo pela memória da cidade. Fiquei sem saber responder aquelas indagações. Sabia que não adiantaria falar sobre a falta de interesse do poder público, o descaso, essas coisas, de qualquer forma, fiz um ligeiro resumo de como estava a situação do casarão do Guaporé, aproveitando para explicar quem foi Nilo Pereira, o maior guerreiro na batalha pela restauração daquele patrimônio arquitetônico.
Sótão do Casarão do Guaporé
Casa Grande do Engenho Guaporé - Museu Nilo Pereira
Restos da janela quebrada pelos vândalos
O retorno para casa me fez pensar que havia plantado algumas sementinhas naqueles jovens, pois, os entusiasmos gerados pelas informações, os levaram a questionar as administrações dos patrimônios e, também, sugerir novas visitas com vistas a debates a respeito da valorização e preservação de nossa memória.
Apesar de ter chegado em casa todo moído, causados pelos 50 anos de sedentarismo e pelos mais de três anos sem pedalar, fiquei muito satisfeito e feliz porque sabia que aqueles jovens nunca mais seriam os mesmos que começaram a viagem. A partir daquele dia eles provavelmente olharão nossos patrimônios de maneira diferenciada, enxergando por trás dos óculos. Estou feliz por isso!!!
Apesar de ter chegado em casa todo moído, causados pelos 50 anos de sedentarismo e pelos mais de três anos sem pedalar, fiquei muito satisfeito e feliz porque sabia que aqueles jovens nunca mais seriam os mesmos que começaram a viagem. A partir daquele dia eles provavelmente olharão nossos patrimônios de maneira diferenciada, enxergando por trás dos óculos. Estou feliz por isso!!!
olá, gibson, gostei muito do seu relato, e o cuidado em rememorar a historia de augsto meira,
ResponderExcluireu possuo um livro do referido, datado de 1905, uma joia em forma de livro. gostari de me desfazer. interessado?