quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A INTRIGA DO BEM

Eliel Silva, Pedro Simões, Gibson Machado e Lucia Helena Pereira


Dia 07 de dezembro fui com o amigo Eliel ao lançamento do “livro A intriga do Bem” do grande mestre Pedro Simões.
O livro A Intriga do Bem trata de perfis de amigos e amigas de Pedro Simões que ele romanticamente descreve com admiração, como ele mesmo diz no breviário do livro:
Gibson Machado, Alice Brandão e Pedro Simões

O mestre de todos os potiguares, nordestino e brasileiros, Luís da Câmara Cascudo, disse certa vez que são muitos os que se ocupam em falar mal e poucos os que cuidam da intriga do bem.
Estes “perfis” servem à intriga do bem. Trato de alguns amigos e amigas que tive a fortuna de (re)colher ao longo do tempo. Aprendi a admirá-los pela preciosa e rara essência espiritual. Não são bons por serem meus amigos, são meus amigos por serem bons e originais nas suas individualidades.
São, sobretudo, humanos. Neles não reside o mítico, nem o lendário. São construções imperfeitas que lograram superar-se. São ícones multifacetados, com certos ângulos assimétricos, de incompreensível assimilação, de tal modo que só uma câmara que alcance grandes angulares e sensibilidade na perfeita captação da imagem sutil pode revelá-los e exibi-los num contexto de claridade e nitidez compreensíveis.
Não sei se consegui, mas tentei amostrá-los a partir do perfil mais fotogênico, sob a adequada exposição à luz – uma foto de efeito Kirlian, que revelasse as suas auras, a visibilidade da alma de cada um.

Pedro autografando seu livro intriga do bem

O lançamento aconteceu no salão do SESC da cidade e estava muito aconchegante. Muitos amigos estavam prestigiando o autor.
Havia muitas pessoas de Ceará-Mirim que estão ausentes da cidade, famílias que ajudaram a construir nossa província como os Brandão, Correa, Pereira, entre eles encontrei amigos como Emerson (Xuxa) filho do ex-prefeito Aderson Eloy, Iran Costa, Lucia Helena Pereira, Franklin Jorge, Inacio Magalhães de Sena, Bartolomeu Correia de Melo e sua esposa. Tive a enorme satisfação de ficar com meu amigo Bartola numa noite agradabilíssima, onde conversamos muito e colocamos alguns assuntos baquipianos em dia.
O evento foi, também, a exposição da artista plástica cearamirinense Alice Brandão. A obra de alice revela seu alto nível artístico em que pôde mostrar suas habilidades como hiperrealista, nos quadro dos perfilados do livro a intriga do bem. É impressionante como nossa artista maior viaja no imaginário através de sua arte quando apresenta obras retratadas como releituras do grande mestre Picasso.
Fique muito feliz porque entre as obras expostas havia algumas que foram baseadas em fotografias tiradas por mim em Ceará-Mirim.
No folder Alice Brandão: uma pintura feita de paixão e memória, Pedro Simões diz que a obra de Alice revela registros importantes até mesmo para o cenário artístico internacional, com suas “releituras” do genial Picasso. Mas, continuo provinciano e irremediavelmente preso na gaiola esverdeada da terra dos canaviais, com os olhos furados que nem Assum Preto da música de Luis Gonzaga, para só me valer da memória do que colhi na minha infância e adolescência.
Por isso reverencio o conjunto da obra da “minha artista predileta” como ela própria costuma dizer por mim mesmo (e é verdade) mas guardo nos meus arquivos e no mais profundo da minha alma de também artista, as “leituras” que ela faz das suas raízes cearamirinenses.
Aliás juntamo-nos os três, ela, Gibson Machado – um emérito cearamirinense devotado à preservação da memória “canavieira – e eu, e planejamos a “casa da memória visual do Ceará-Mirim”, reunindo telas da artista e o acervo iconográfico de Gibson. Quem viver, verá.
Pedro Simões

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