Lúcia Helena Pereira - [Poeta Brasileira]
Fonte:http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/search/label/L%C3%BAcia%20Helena%20Pereira%20-%20Poeta%20Brasileira
Escritora e poetisa LUCIA HELENA PEREIRA, do Rio Grande do Norte realizou um dos seus sonhos:conhecer a poetisa goiana CORA CORALINA.
Isso aconteceu no ano de 1973. Ela veio com uma amiga pseudo-poetisa mineira Maria de Lourdes Sena Xavier, à cidade de Goiás, onde morava a doce Cora.
Um acontecimento para ela inesquecível.Cora Coralina lhe presenteou com um lindo e delicado poema.
À Menina Nordestina do Vale Verde
(Cora Coralina)
Goiânia, 16 setembro de 1973
Assim surgiu, graciosa e simpática,
bem na porta de minha casa,
a menina nordestina,
com cheiro de cana-de-açúcar,
sorriso espelhando beleza.
Ela chegou,
pelas mãos da professora Maria de Lourdes Sena Xavier,
trajando roupinha leve e harmônica,
a mostrar sua preciosa juventude,
nas rosadas e cálidas faces,
quando emocionada abraçou-me e chorou.
Seu nome? Lucia, que já simboliza luz,
junto de Helena - que se não é de Tróia,
vem de de Atenas, com certeza.
Lúcia Helena, que jamais pisara em solo goiano,
confessou a impressão de já ter estado aqui,
tão familiar lhe pareceu a cidade,
que ela disse com muita ternura:
"Aqui sinto cheiro de flores e poesia"...
logo pedindo-me para declamar um poema.
Era a menina de um verde vale,
do interior do Nordeste,
num lugarzinho chamado, Ceará-Mirim,
terra de ilustres literatos, historiadores
e artífices da poesia,
que ela citou desenvolta,
com satisfação e nobre orgulho.
Senti grande ternura pela mimosa jovem,
que até me viu cozinhar pétalas da laranja da terra,
tiradas do pé do meu quintal,
transformadas em saboroso doce cristalizado,
que ela provou e confessou, com muita sinceridade,
jamais haver degustado nada igual.
Menininha da terra de Câmara Cascudo,
não negou sua inteligência,
e, atenta a tudo que viu em minha humilde casa,
exclamou com infinita doçura:
"esta casa deveria ser o palácio
da doçura e da poesia, porque Cora Coralina existe".
Fiquei deveras emocionada,
com o desabafo da menina nordestina,
que me trouxe alegrias e um presente expressivo,
numa caixa de madrepérola, onde um terço belíssimo estava,
para então me acompanhar,
pelo resto dos meus dias.
Para você, Lúcia Helena, menina da terra do açúcar,
dedico esses humildes versos,
estrofes da simpatia que sinto,
pela formusura do teu porte,
e pela beleza do teu sentimento poético
tão cheio de encantamento.
Receba, Lucinha, esses versinhos da Cora,
que Coralina desenhou, neste papel sem graça,
e Ana Lins enfeitou, com rabiscos de pequeninas flores,
com a ajuda de Guimarães Peixoto Brêtas,
Pois assim, minha menina, um dia me batizaram
de Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas.
Agradeço tua visita e te oferto este doce de laranja,
com muito afeto e açúcar,
para que leves à tua terra, o doce de Coralina,
já que a poesia é fraca,
não tem mesmo o grande valor,
dos mestres da Poesia Brasileira.
Escritora e poetisa LUCIA HELENA PEREIRA, do Rio Grande do Norte realizou um dos seus sonhos:conhecer a poetisa goiana CORA CORALINA.
Isso aconteceu no ano de 1973. Ela veio com uma amiga pseudo-poetisa mineira Maria de Lourdes Sena Xavier, à cidade de Goiás, onde morava a doce Cora.
Um acontecimento para ela inesquecível.Cora Coralina lhe presenteou com um lindo e delicado poema.
À Menina Nordestina do Vale Verde
(Cora Coralina)
Goiânia, 16 setembro de 1973
Assim surgiu, graciosa e simpática,
bem na porta de minha casa,
a menina nordestina,
com cheiro de cana-de-açúcar,
sorriso espelhando beleza.
Ela chegou,
pelas mãos da professora Maria de Lourdes Sena Xavier,
trajando roupinha leve e harmônica,
a mostrar sua preciosa juventude,
nas rosadas e cálidas faces,
quando emocionada abraçou-me e chorou.
Seu nome? Lucia, que já simboliza luz,
junto de Helena - que se não é de Tróia,
vem de de Atenas, com certeza.
Lúcia Helena, que jamais pisara em solo goiano,
confessou a impressão de já ter estado aqui,
tão familiar lhe pareceu a cidade,
que ela disse com muita ternura:
"Aqui sinto cheiro de flores e poesia"...
logo pedindo-me para declamar um poema.
Era a menina de um verde vale,
do interior do Nordeste,
num lugarzinho chamado, Ceará-Mirim,
terra de ilustres literatos, historiadores
e artífices da poesia,
que ela citou desenvolta,
com satisfação e nobre orgulho.
Senti grande ternura pela mimosa jovem,
que até me viu cozinhar pétalas da laranja da terra,
tiradas do pé do meu quintal,
transformadas em saboroso doce cristalizado,
que ela provou e confessou, com muita sinceridade,
jamais haver degustado nada igual.
Menininha da terra de Câmara Cascudo,
não negou sua inteligência,
e, atenta a tudo que viu em minha humilde casa,
exclamou com infinita doçura:
"esta casa deveria ser o palácio
da doçura e da poesia, porque Cora Coralina existe".
Fiquei deveras emocionada,
com o desabafo da menina nordestina,
que me trouxe alegrias e um presente expressivo,
numa caixa de madrepérola, onde um terço belíssimo estava,
para então me acompanhar,
pelo resto dos meus dias.
Para você, Lúcia Helena, menina da terra do açúcar,
dedico esses humildes versos,
estrofes da simpatia que sinto,
pela formusura do teu porte,
e pela beleza do teu sentimento poético
tão cheio de encantamento.
Receba, Lucinha, esses versinhos da Cora,
que Coralina desenhou, neste papel sem graça,
e Ana Lins enfeitou, com rabiscos de pequeninas flores,
com a ajuda de Guimarães Peixoto Brêtas,
Pois assim, minha menina, um dia me batizaram
de Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas.
Agradeço tua visita e te oferto este doce de laranja,
com muito afeto e açúcar,
para que leves à tua terra, o doce de Coralina,
já que a poesia é fraca,
não tem mesmo o grande valor,
dos mestres da Poesia Brasileira.
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"Dileta amiga Lucia Helena - poeta da Rosa Verde encantada - como é difícil voltar ao passado e descobrir o quanto deixei de aprender e crescer intelectualmente.
O analfabetismo cultural é cruel...no incicio dos anos 1980 tive a oportunidade de trabalhar com pesquisas de diamantes na região de Goiás e, naquela oportunidade, coletamos amostras no rio que passa na cidade, exatamente sob a ponte que fica ao lado da casa de Cora Coralina.
Fiquei sabendo que ali morava uma pessoa importante, mas, para mim, à época, ela era mais um habitante daquela cidade monumento que apenas passei, e, nem ao menos, "ví" os casarões. Assim é a vida, quem sabe noutra oportunidade visitatrei o museu como recordação!!" (Gibson Machado)
Adorei conhecer um pouco da sua história de vida. Parabéns por suas realizações.
ResponderExcluirPalitot
OBS . ainda não localizei as fotos (rindo)